segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Representantes do Brasil Local Rondônia participam de capacitação da Capina


Entre os dias 18 e 23 de agosto, a Agente Laís Miriam dos Santos e a Coordenadora do Projeto no Estado de Rondônia, Andréa Mendes, participaram da IX Turma do Curso de Viabilidade Econômica e Gestão Democrática da Capina, em Miguel Pereira, no Rio de Janeiro.

Foram trabalhadas e discutidas algumas abordagens sobre Economia Popular Solidária, viabilidade de empreendimentos associativos, questões básicas em processos de Comercialização, sustentabilidade, modos de gestão e estratégias de formação.

A proposta do curso gira em torno de um estudo de viabilidade econômica que cada participante deverá produzir e apresentar posteriormente.

Para Laís, este momento representou um grande desafio no seu processo de qualificação, uma vez que desconhecia completamente ferramentas de estudo de viabilidade e propostas de gestão democrática dialogada com Educação Popular, as quais discutirá com os grupos quilombolas que acompanha no município de Costa Marques/RO. O exercício do curso poderá contribuir com os empreendimentos que estão se estruturando nas comunidades. Serão dois meses de trabalho e pesquisa junto às comunidades.

As participantes acreditam que buscar alternativas de intervenção nos grupos de uma maneira adequada e dialogada, amplia a condição de realizar uma assessoria/formação condizente com o principios norteadores da Economia Solidária.

A discussão perpassa por vários eixos, dentre os quais, Educação Popular. Conteúdo trabalhado pela socióloga Aida Bezerra da ong Sapê e muito discutido pelo coletivo, uma vez que o tema educação não deve estar dissociado de outras questões. A intervenção através da Educação Popular contribui para o empoderamento do indivíduo, seja ele homen ou mulher, jovem ou adulto.

Socióloga Aida Bezerra

Site da Capina: Clique AQUI




sábado, 9 de agosto de 2008

Alternativas ao desmatamento da Amazônia discutidas em Encontro Estadual de Agroecologia no Estado de Rondônia

Por: Ronaldo Nina

Aconteceu de 31 de julho a 03 de agosto, o I Encontro Estadual de Agroecologia, em Ouro Preto do Oeste.

Promovido pela AROA e Via Campesina, o evento vem para afirmar que é possível viver na Amazônia sem desmatá-la, evidenciar a produção agroecológica, artesanato tradicional, iniciativas da Economia Solidária e outros. Segundo a organização, o evento também servirá para mapear as experiências da região.

O Encontro dividiu-se em Oficinas, Plenárias, Painéis, Exposição de Produtos, Festival da Semente Crioula, Apresentações Culturais. Além do que, recebeu representações de Economia Solidária ligadas ao Fórum Estadual e ao Brasil Local para a troca de experiências.

As temáticas das Oficinas: Educação Ambiental, SAF's, Homeopatia, Comercialização e beneficiamento, Produção Animal e Vegetal, foram discutidas por um público de aproximandamente 300 pessoas de várias entidades de Rondônia, inclusive comunidades tradicionais indígenas e quilombolas, além de convidados de outros Estados.

Os encaminhamentos foram definidos em ações internas e externas à Aroa, bem como ampliação das representações. No intuito de fortalecer e articular a produção agroecológica do Estado resgatando a importância da agricultura familiar e propor políticas públicas que contraponham a política capitalista selvagem, em outras palavras, buscam construir e ampliar a produção dos agricultores de forma saudável e na perspectiva da geração de renda e soberania alimentar, melhorar a sua autoestima, promover o comércio justo e solidário e formar consumidores conscientes.

Brasil Local - Participaram do evento a Agente Laís dos Santos e Catarino, da Comunidade Quilombolas de Forte Príncipe da Beira, Sebastião, representante da Comunidade Santa Fé, a Coordenadora Estadual do Projeto, Andréa Mendes, e representantes do Fórum Rondoniense de Economia Solidária, Irenilda Dias, Cláudia e Josefa Bezerra.

Por: Andréa Mendes

Para os quilombolas a participação no evento é uma experiência muito positiva, uma vez que identificam-se totalmente nessa temática. O modo de viver e produzir do quilombola pescador, agricultor, ribeirinho é bem parecido com o descrito nas experiências replicadas nas oficinas, o que veio acrescentar foi o conteúdo das tecnologias sociais, a exemplo do PAIS, que ainda não conheciam, a possibilidade de articulação na perspectiva da agroecologia, do comércio justo e solidário e capacitações.

Painel da Economia Solidária - Participaram do Encontro os representantes da Coordenação Executiva do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, Clóvis Vailant (MT) e João Correa (PA). Apresentaram os temas Economia Solidária, FBES, Comercialização: Feiras Livres, Comércio Justo e Solidário e Certificação.

Por: Andréa Mendes

Festival da Semente Crioula e Feira - Cerca de 30 empreendimentos rurais participaram do I Encontro Estadual de Agroecologia, nos dias 02 e 03/08. Apresentaram desde produtos orgânicos até artesanato tradicional e reciclagem.









Por: Andréa Mendes

Presumem que mais de 150 tipos de sementes crioulas circularam no evento, entre trocas e doações. Tipos variados de milho, feijão, arroz, leguminosas, frutíferas, plantas de reflorestamento e recuperação do solo.

As sementes crioulas são utilizadas, na maioria das vezes, para alimentação da família do agricultor e ficam restritas às suas propriedades. Porém, a idéia é mudar essa característica. Essas técnicas e biodiversidade não podem ser extintas.














Por: Ronaldo Nina

Apresentações Culturais: Artistas locais, convidados e campesinos/as embelezaram, com suas interpretações e composições, o I Encontro Estadual de Agroecologia em Rondônia. Peças teatrais de protesto e agradecimento, música de raiz, tendas de palha de palmeira expondo o modo de vida campesino, cirandas e festa de integração.








Por: Ronaldo Nina

Oficinas - Nas variadas temáticas do Encontro, cerca de 90 propostas surgiram durante as oficinas, entre elas
incentivar organizações (associações, cooperativas, grupos informais) a comercializar de forma direta, fomentar a criação de grupos de consumo numa relação direta com o/a agricultor/a, promover a soberania alimentar a partir comunidades, organizar redes de produção, comercialização (lojas coletivas) e consumo, promovendo a integração campo e cidade, criar um grupo de trabalho dentro da AROA que discuta produção-comercialização-consumo dialogando com a Economia Solidária e Territórios, incorporar os princípios homeopáticos à extensão rural e pesquisa nas instâncias governamentais, universidades, entre outras propostas que estarão elencadas nas publicações dos anais do evento.









Por: Andréa Mendes

Festa de integração - Foram vários momentos de integração entre participantes, em noites culturais e mesmo durante as palestras, feira, festival sementes crioulas e café da manhã.


Contato fotos e vídeos: Ronaldo Nina - saladavisual@yahoo.com.br