sábado, 27 de junho de 2009

“Último São João da Comunidade Cachoeira do Teotônio”

Com apresentações de grupos folclóricos, comercialização de comida típica, brincadeiras e adivinhações à beira da fogueira a comunidade da Cachoeira do Teotônio com apoio dos acadêmicos de História da Unir, realizou no dia 24, a partir das 19h, o arraial denominado: “Festa de São João na Cachoeira do Teotônio”, de acordo com os organizadores do evento, este será o último arraial de São João que vai acontecer na localidade, uma vez, que, com a construção das usinas do Madeira a cachoeira desaparecerá e parte da Vila será inundada.

"Um pouco de História"

A Vila do Teotônio surgiu no ano de 1757 com o objetivo fiscalizar e cobrar o imposto dos mineradores que extraiam ouro na região. Na realidade, os capitães-generais das Capitanias do Pará e Mato Grosso, tinham como objetivo reconstruir no local do arraial batizado como Santo Antônio, o entre posto fiscal, mas, terminaram construindo um arraial nas proximidades de Salto Grande, quando o juiz de fora de Vila Bela da Santíssima Trindade, Teotônio da Silva Gusmão, convenceu as autoridades da metrópole e os governos das províncias a construírem a povoação, tendo-o como executor.


Em 1757, Teotônio da Silva Gusmão – chegou de Belém com numerosa comitiva, inclusive dois sacerdotes Carmelitas – Frei José de Jesus Maria e Frei João Evangelista. Fundou o arraial de Nossa Senhora da Boa Viagem do Salto Grande que na realidade ficou conhecido como Arraial do Teotônio.


Em 21 de fevereiro de 1759, o governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado criava a Vila de Salto Grande, embora o fundador, segundo o governo afirma em documento enviado à corte, por ser muito nervoso e pouco conciliador, provocasse a evasão de seus auxiliares e a irritação dos índios, que chegaram a desferir ataques ou se revoltarem com o tratamento que dele recebiam, resultando no abandono do lugarejo.


Em 1819, houve novas tentativas de povoar Teotônio, o tenente coronel José Pereira da Silva, que terminou assassinado por escravos e, finalmente, o tenente Diogo de Ramos Cardoso, que resistiu às intempéries até 1825, quando viajou para o Pará. Quanto a Teotônio de Gusmão, que chegara a ser nomeado ouvidor de Cuiabá e deixara de assumir para ir fundar Boa Viagem, morreu em extrema pobreza em Santarém (PA).


Hoje, Teotônio os últimos dias da sua razão de ser, a Cachoeira do Salto Grande mais conhecida como Cachoeira do Teotônio, em virtude da construção das usinas no Madeira.


Fonte: Bailadora Andaluza

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