terça-feira, 8 de julho de 2008

Agente Quilombola de Rondônia participa da Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário em Olinda

Delegação de Rondônia rumo a I Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário

A Agente Quilombola do Projeto Brasil Local Rondônia, Lais Miriam dos Santos, participou da Conferência que discutiu o Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, no final do mês de junho/2008, junto com representantes de outras comunidades rurais de Rondônia e do Brasil, em Olida/PE. Foram quase 2.000 pessoas participando das discussões e grupos de trabalho durante o evento.

Laís argumenta que a participação e inclusão de comunidades quilombolas e outros segmentos anteriormente excluídos da discussão de políticas públicas para desenvolvimento é um grande avanço, principalmente para Rondônia e principalmente por ser mulher. A partir da integração ao Projeto Brasil Local, a agente avalia que as portas se abriram às Comunidades do Vale do Guaporé, que as oportunidades são as mais variadas possiveis. Que o apoio institucional do Projeto de Economia Solidária e Desenvolvimento Local do Ministério do Trabalho, do Incra, da Delegacia Federal de Desenvolvimento Agrário de Rondônia, foram de fundamental importância no processo. Que possibilitar a manifestação do olhar e da vivências dessas comunidades em espaços de discussão do desenvolvimento é algo novo.

Manifesta que está contente com os encaminhamentos da Conferência Nacional e espera que as políticas públicas sejam articuladas para benefícios do povo brasileiro. Junto com Esmeraldina, Comunidade do Senhor Jesus (São Miguel do Guaporé/RO), vislumbra um futuro melhor e a chegada do desenvolvimento para as Comunidades Quilombolas de Rondônia.

Esmeraldina fala, que a Economia Solidária é de fundamental importância para o desenvolvimento das comunidades, mas que precisam avançar alguns passos em torno dessa proposta. Atribui as dificuldades à falta de estrutura, regularização fundiária, comunicação e outras questões imanentes as próprias comunidades, mas que não impedem que eles construam um futuro melhor se valorizarem um entendimento coletivo entre questões econômicas, culturais, ambientais, etc.

Chegam com um bom fôlego para continuar fomentando o empoderamento e a organização coletiva das comunidades.

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