Tratamos quanto aos aspectos produtivos e durante as conversas sobre Economia Solidária, sugiram várias idéias de organização coletiva em torno do processamento da castanha da amazônia, criação de frangos caipiras, pesca, turismo, olericultura, criação de abelhas nativas, por exemplo.
Com a Oficina de Economia Solidária pretendemos identificar a situação do espírito coletivo, da estima, do comprometimento, até onde conseguimos sensibilizar associados/as para o tema, como está o trabalho da agente na comunidade e outros aspectos.
Neste primeiro momento, trabalhamos específicamente o artesanato, em virtude da participação da Associação Quilombola (ASQFORTE) em Feira Nacional. O resultado em peças da Oficina de Artesanato será apresentado durante V FENAFRA, de 26 a 30/11, no Rio de Janeiro.
Conseguimos atingir com esta ação, um público de 16 mulheres e 02 homens.
Sobre a comunidade:
Atualmente, são aproximadamente 87 famílias situadas do lado esquerdo da Serra Grande, Distrito de Príncipe da Beira, Costa Marques/RO.
São indiscutíveis os potenciais produtivo e comunitário diante da biodiversidade local e da quantidade de trabalhadores/as que moram na comunidade.
A grande dificuldade que a Associação Quilombola enfrenta há muitos anos é o cerceamento pelo Comando Militar do Exército do Forte. "Não podemos fazer nada que eles veem pra cima. Já enfrentamos por várias vezes as ameaças de expulsão de nosso território", é o que ouvimos dos moradores.
Elvis Cayaduro, presidente da associação, apresenta o pedido de reconhecimento e regularização, encaminhados à Fundação Palmares e INCRA. "É muito difícil vivermos assim ameaçados, expoliados, desvalorizados. Não fosse o pequeno apoio que recebemos e a vontade dos moradores de ficar na comunidade, pois é o lugar onde nasceram, cresceram, casaram, construiram sua morada, tiveram filhos e de onde aprenderam a tirar o seu sustento, não haveria mais ninguem morando aqui, somente os poucos oficiais do exército". Outros moradores complementam que "este ano não pudemos nem cultivar nossas hortas, tendo em vista que o exército procurou por várias vezes o Ibama para apresentar denúncias infundadas, como por exemplo, dizer que a comunidade depreda o meio ambiente". "A comunidade resiste, quase sem folego e com baixa estima, mas resiste".
"A Prefeitura anterior apoiou nossos trabalhos no ano de 2008. Também tinhamos apoio na Camara de Vereadores. Porém, já identificamos dificuldades com a nova gestão municipal de Costa Marques, que afirmou não querer confusão com o exército", revelam.
"Trazer a Economia Solidária para Príncipe da Beira pode será alternativa viavél ao desenvolvimento comunitário solidário , porém precisamos ser vistos, valorizados e capacitados", afirma a agente Laís.
Parceiros na ação:
SEBRAE/RO, Senadora Fátima Cleide, CPPT CUNIã e Amauri Arruda
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