quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Associação Quilombola de Santa Fé terá seu produto exposto durante a FENAFRA



Apesar de não participar diretamente da V Feira Nacional de Agricultura Familiar e Reforma Agrária, a Associação terá a Farinha D'Água Artesanal exposta durante o evento.

A Associação é apoiada pelo Brasil Local.

A farinha é o produto de maior consumo na Amazônia. Pode ser seca, pode ser d'água, está na mesa do caboclo ribeirinho todo santo dia!!!

A farinha d'água é um excelente acompanhamento para peixes, frango caipira ensopado, carne seca, cozida ou assada, com mandioquinha cozida, frita ou mesmo em puro "pirão".


Como preparar um Pirão Simples:

1 colher de sopa de azeite ou óleo
2 colheres de sopa de cebola picada
1 dente de alho em tirinhas finas
1 colher de sopa de coentro picado
1 xícara de chá de farinha d'água de Santa Fé
5 xícaras de chá de água
Sal a gosto

Rendimento: 04 porções

Em uma panela, frite a cebola no azeite até que ela murche, junte o alho e o coentro. Mexa por alguns minutos. Em uma vasilha, dissolva a farinha na água (pode ser o próprio caldo do peixe, por exemplo) e despeje na panela com o refogado. Cozinhe, mexendo sempre, até obter um pirão cremoso e brilhante.


"Se farinha fosse americana ou mandioca importada, banquete de bacana era farinhada!"

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Construir solidariedade e sustentabilidade nos espaços urbanos: a contribuição da Economia Solidária e das Tecnologias Sociais

Por Roberto Marinho Alves da Silva*

Nos últimos anos houve significativo aumento no número das iniciativas socioeconômicas coletivas que visam promover a cooperação ativa entre trabalhadores ou produtores autônomos e familiares, nas áreas urbanas e rurais, para viabilizar atividades de produção, de prestação de serviços, de crédito, de comercialização e de consumo. Essas iniciativas de economia solidária são fomentadas, em sua maioria, como alternativas ao desemprego, oportunidades de inclusão social e estratégias de dinamização de cadeias produtivas no âmbito de processos de desenvolvimento local ou territorial sustentável.

Até agosto de 2007, o mapeamento da economia solidária no Brasil identificou a existência de quase 22 mil Empreendimentos Econômicos Solidários (EES), com cerca de um milhão e setecentos mil homens e mulheres que realizam uma extensa variedade e expressiva quantidade de produtos e serviços.

*Roberto Marinho Alves da Silva é Diretor de Estudos e Divulgação da Secretaria Nacional de Economia Solidária

Artigo orinalmente publicado no portal da RTS.

Confira a publicação completa do artigo AQUI

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Oficina de Artesanato e Economia Solidária em Príncipe da Beira


Durante os dias 21 e 22 de novembro, o Projeto Brasil Local realiza Oficina de Artesanato e Economia Solidária na sede da Associação Quilombola em Príncipe da Beira/RO. A partir da Oficina pretendemos programar a uma série de ações que beneficiem a comunidade.

Tratamos quanto aos aspectos produtivos e durante as conversas sobre Economia Solidária, sugiram várias idéias de organização coletiva em torno do processamento da castanha da amazônia, criação de frangos caipiras, pesca, turismo, olericultura, criação de abelhas nativas, por exemplo.

Com a Oficina de Economia Solidária pretendemos identificar a situação do espírito coletivo, da estima, do comprometimento, até onde conseguimos sensibilizar associados/as para o tema, como está o trabalho da agente na comunidade e outros aspectos.

Neste primeiro momento, trabalhamos específicamente o artesanato, em virtude da participação da Associação Quilombola (ASQFORTE) em Feira Nacional. O resultado em peças da Oficina de Artesanato será apresentado durante V FENAFRA, de 26 a 30/11, no Rio de Janeiro.

Conseguimos atingir com esta ação, um público de 16 mulheres e 02 homens.

Sobre a comunidade:

Atualmente, são aproximadamente 87 famílias situadas do lado esquerdo da Serra Grande, Distrito de Príncipe da Beira, Costa Marques/RO.

São indiscutíveis os potenciais produtivo e comunitário diante da biodiversidade local e da quantidade de trabalhadores/as que moram na comunidade.

A grande dificuldade que a Associação Quilombola enfrenta há muitos anos é o cerceamento pelo Comando Militar do Exército do Forte. "Não podemos fazer nada que eles veem pra cima. Já enfrentamos por várias vezes as ameaças de expulsão de nosso território", é o que ouvimos dos moradores.

Elvis Cayaduro, presidente da associação, apresenta o pedido de reconhecimento e regularização, encaminhados à Fundação Palmares e INCRA. "É muito difícil vivermos assim ameaçados, expoliados, desvalorizados. Não fosse o pequeno apoio que recebemos e a vontade dos moradores de ficar na comunidade, pois é o lugar onde nasceram, cresceram, casaram, construiram sua morada, tiveram filhos e de onde aprenderam a tirar o seu sustento, não haveria mais ninguem morando aqui, somente os poucos oficiais do exército". Outros moradores complementam que "este ano não pudemos nem cultivar nossas hortas, tendo em vista que o exército procurou por várias vezes o Ibama para apresentar denúncias infundadas, como por exemplo, dizer que a comunidade depreda o meio ambiente". "A comunidade resiste, quase sem folego e com baixa estima, mas resiste".

"A Prefeitura anterior apoiou nossos trabalhos no ano de 2008. Também tinhamos apoio na Camara de Vereadores. Porém, já identificamos dificuldades com a nova gestão municipal de Costa Marques, que afirmou não querer confusão com o exército", revelam.

"Trazer a Economia Solidária para Príncipe da Beira pode será alternativa viavél ao desenvolvimento comunitário solidário , porém precisamos ser vistos, valorizados e capacitados", afirma a agente Laís.

Parceiros na ação:

SEBRAE/RO, Senadora Fátima Cleide, CPPT CUNIã e Amauri Arruda

Quilombolas do Vale do Guaporé são lembrados no dia da Consciência Negra

Comemorando o dia da Consciência Negra (20/11), o INCRA/RO apresenta painél com histórico e fotografias: Os Negros do Guaporé.

As fotos e informações são resultantes do trabalho de campo de técnicos e assessoria de comunicação do Instituto.




Fonte: Vanessa Ibrahim (Assessora de Comunicação/INCRA)

domingo, 16 de novembro de 2008

Caravana de Rondônia e Expo Brasil Desenvolvimento Local: Um olhar para a crise financeira mundial, escassez de alimentos e as grandes metrópoles

Por kênia Ribeiro - Expo Brasil

A VII Expo Brasil Desenvolvimento Local, realizada de 12 a 14/11, em Cuiabá (MT), registrou a participação recorde de 12 mil pessoas. Foram três dias aprendizado e trocas de experiências. Conceitos, práticas e inovações sobre desenvolvimento local, sustentabilidade, geração de renda, cultura, economia solidária. O recorde de público também foi registrado na participação das palestras, painéis, conferências e mini cursos, registrou mais de seis mil pessoas. Trata-se da maior entre as sete edições da Expo Brasil, que vem sendo realizada no Brasil desde 2002.

A Delegação de Rondônia, com 47 pessoas, realizou sua avaliação e registrou um balanço positivo do evento, tanto do ponto de vista do intercâmbio de conhecimentos, de culturas e divulgação, quanto da comercialização de produtos e ótimo contatos com possíveis parceiros e consumidores. Cuiabá apresentou um público diversificado e receptivo, afirmaram alguns integrantes da Caravana, além dos participantes de outros municípios do MT e de outros Estados, que estiveram sempre abertos a trocas de experiências. Ainda afirmam que conhecer a diversidade de experiências acumuladas dentro do Brasil e no exterior, como o reaproveitamento de garrafas pets e de papelão na produção de móveis e artigos de decoração, confecção de artesanato com latinhas recicladas, aproveitamento sustentável do coco de babaçú, da rama da mandioca, utilização de outras tecnologias para aquecimento da água, cultivo de hortaliças e criação de pequenos animais, permacultura, elaboração e apresentação de projetos e pesquisas, foi de suma importância para pessoas de comunidades indígenas, ribeirinhos e mulheres de empreendimentos urbanos que acumularam conhecimentos e serão potenciais multiplicadores/as em seus locais de trabalho e convivência.

Alguns assuntos tiveram destaque durante as conferências, painéis, minicursos e conversas. Entre eles a crise financeira internacional e a crise mundial de alimentos. Repensar novos modelos de governança com vistas ao desenvolvimento local e a organização coletiva dos/as produtores/as e das comunidades. Pensar o desenvolvimento local de baixo para cima, de dentro para fora a partir do empoderamento de agentes locais, são apontados como alternativas eficientes.

Ladislau Dowbor, durante uma de suas palestras, avalia a crise e apresenta algumas preocupações na construção de estratégias que confrontem a situação. “O quadro é extremamente preocupante, e um dado positivo é o foco dado à crise em um evento como esse, com mais de 10 mil pessoas. Agora precisamos fazer com que essas preocupações se materializem em iniciativas em cada um dos 5.600 municípios brasileiros”. Caio Silveira salientou que é papel da Expo Brasil promover uma influência estratégica de mudança, a partir da base local, nesse cenário de crise. “A crise mundial recoloca o desenvolvimento local no centro das reflexões e abre oportunidade para discussões, formulações e novas reflexões que contribuem para redimensionar o tema”, apontou ainda Juarez de Paula.

Avalia-se o processo de pensamento do coletivo imperialista, que só concebe a realização imediata de mudanças. Devemos ter a capacidade de construir a convergência de diversos atores em torno de um projeto coletivo e a capacidade de interrelacionar as identidades dentro de um espaço. A forma de construir o caminho da nova trajetoria é articular pactos que extrapolem projetos de governo. Porque tais projetos acabam-se com os governos, mesmo que as propostas sejam boas. É o que afirma a conferencista Tânia Zapata.

Sabe-se, diante das experiências, que um processo afirmativo de transformação de uma sociedade não acontece de um dia para outro. Essa é uma grande dificuldade. Da mesma forma quando se fala em projetos de governo, que necessitam mostrar eficiência durante o periodo de governabilidade. Um projeto começa a realizar mudanças em no minimo 08 anos. Não se tem uma cultura e muitas vezes nem o interesse na continuidade de um projeto desenvolvido por outra gestão.

Segundo a análise de organizadores e parceiros, especialistas em desenvolvimento local, com vistas ao futuro da Expo Brasil, revela que há um consenso de que é hora de direcionar o evento para o tema do desenvolvimento local urbano. Por isso, a oitava edição da Expo Brasil deverá ocorrer também em uma grande cidade, possivelmente São Paulo ou Rio de Janeiro. “Temos de voltar o olhar para o desenvolvimento das grandes regiões metropolitanas, onde se concentram problemas como o desemprego, a pobreza, a violência e a concentração de riqueza”, avaliou Juarez. Dowbor concorda que é importante pôr na mesa o problema das megalópoles, dado o acelerado crescimento das periferias das grandes cidades.

Para os organizadores, o sucesso do evento, realizado na região central do País depois de quatro edições no Nordeste, foi destacado pelo sociólogo e coordenador da Expo Brasil, Caio Silveira, pelo gerente da Unidade de Agronegócios do Sebrae Nacional, Juarez de Paula, e pelo professor da PUC-SP, Ladislau Dowbor, em debate realizado na TV EXPO.

A resposta dada pela população e pelos agentes locais de Cuiabá e do Mato Grosso foi absolutamente fantástica. Antes desta Expo Brasil, quem vinha para o evento era quem mexia com desenvolvimento local, hoje nós vimos o envolvimento da população matogrossense e das escolas”, observou Caio Silveira. Entre as importantes contribuições da Expo Brasil em Cuiabá, que contou com o apoio decisivo do Sebrae MT, Caio Silveira ressaltou a aproximação com a região Norte e com os países latino-americanos, o que permitiu a maior participação internacional da história da Expo, reunindo 13 nações.

Juarez de Paula destacou a o significado simbólico da realização do evento no centro do país, onde estão presentes três diferentes biomas (Pantanal, Amazônia e Cerrado) e fronteiras agrícolas, o que contribuiu para o fortalecimento da discussão do tema da sustentabilidade. “Foi importante não só o olhar sobre a sustentabilidade ambiental, mas também sobre como os problemas ambientais impactam a sustentabilidade econômica. Discutimos, por exemplo, alternativas mais sustentáveis para a agricultura orgânica e um novo modelo de agronegócio”, afirmou. “Temos que transformar os dilemas planetários em formas práticas de enfrentamento dos problemas ambientais”, completou Dowbor.

(Matéria em destaque coletada do sítio da Expo Brasil e elaborada por Vinicius Carvalho e Suzi Bonfim)

A participação do BRASIL LOCAL - As discussões realizadas durante o Encontro são de interesse do Projeto, uma vez que tratam do desenvolvimento local, um dos enfoques de nossa proposta.

Acompanhar o que se discute e levar estas idéias às comunidades poderá contribuir nos processos de empoderamento e de organização das mesmas.

O Brasil Local trouxe ao evento, graças a parceria com o SEBRAE/RO, Edésio Arara (Iterã), representante de um empreendimento que o Projeto acompanha em Ji-Paraná. O representante indígena afirma que nunca tinha participado de um evento desta grandeza, com tantas informações e já se prepara para a próxima edição. Esteve atento às palestras que participou, inclusive as que tratavam do tema Economia Solidária, e afirma que aprendeu muito.

Outras representações de Grupos de Mulheres que o Projeto acompanha também estiveram presentes, a exemplo da Cooperativa Uniartes, Grupo de Mulheres do Eldorado, Grupo do Cipó e Biojóias da Floresta.

É de nosso interesse possibilitar a presença de todos os agentes na próxima edição da Expo Brasil, em 2009.

Visitem Expo Brasil

Fotos:

























Fotos por:

Kênia Ribeiro - Expo Brasil
Ronaldo Nina - Salada Visual
Andréa Mendes - Projeto Brasil Local

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Caravana à VII Expo Brasil em Cuiabá/MT

Cerca de 35 experiências de Desenvolvimento Local de Rondônia participarão da VII Expo Brasil, de 12 e 14 de novembro, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá/MT, numa caravana organizada e promovida pelo SEBRAE/RO.

O objetivo da caravana é mostrar a diversidade do nosso Estado em experiências de Desenvolvimento Local. Os segmentos do artesanato, extrativismo, agricultura, agroecologia, reciclados, turismo, organizações de bairro e demais projetos terão seus materiais expostos durante a Feira de Produtos Sustentáveis.

O Projeto Brasil Local, participará da Caravana, levando produtos de pelo menos 03 grupos acompanhados no Estado. Também levará a experiência da Organização Indígena Panderej, que tem como foco a produção do artesanato, extrativismo de óleo de copaíba e castanha da amazônia.

Por: Andréa Mendes
Coordenadora Estadual

Mulheres organizam Exposição de Artesanato na Semana da Consciência Negra


Com o apoio do Projeto Brasil Local e da Coordenadoria de Mulheres do município de Porto Velho, os grupos Uniartes e Du Cipó, organizam Feira de Artesanato que acontecerá de 19 a 21/11, das 8h às 18h, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, durante a II Conferência Municipal da Promoção da Igualdade Racial e dentro da Semana da Consciência Negra.

O objetivo é dar visibilidade dos produtos da economia popular e solidária, comercializar e integrar-se às manifestações culturais que ocorrerão durante toda a semana, até o fechamento dos trabalhos com a Marcha Zumbi.

Estarão contempladas 15 iniciativas no evento cultural e solidário.

Ecosol pelo Brasil

SEGUNDA EDIÇÃO DA FEIRA DE ECO SOL REALENGO É SUCESSO DE PÚBLICO.

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Veja a matéria completa AQUI

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Coordenação do Fórum Rondoniense de Economia Solidária promove reunião em Porto Velho

A Coordenação do Fórum Rondoniense de Economia Solidária, promove reunião ampliada durante os dias 30 e 31/11, na Sede Social do Sintero, em Porto Velho.

domingo, 2 de novembro de 2008

Seminário do Plano Nacional de Cultura - Rondônia

Porto Velho sedia, nos dias 4 e 5 de novembro, terceiro encontro do ciclo de debates do PNC na região Norte

O Ministério da Cultura e a Câmara dos Deputados promovem na próxima semana, dias 4 e 5 de novembro, em Porto Velho, o Seminário do Plano Nacional de Cultura - Rondônia, terceiro encontro do ciclo de debates do PNC na região Norte, que será realizado na Sede do SEST/SENAT (Rua da Beira, nº 999, Jardim Eldorado).

O evento tem o apoio da Secretaria de Estado da Cultura do Governo de Rondônia e reunirá gestores culturais, da área governamental e da iniciativa privada, e representantes da sociedade civil para avaliação e aperfeiçoamento do texto que irá subsidiar a votação do Projeto de Lei do Plano Nacional de Cultura no Congresso Nacional.

As inscrições podem ser feitas gratuitamente, pela Internet, na página eletrônica do Plano Nacional de Cultura.

A abertura será às 9h do dia 4, com a participação de autoridades dos poderes executivo e legislativo federal, estadual e municipal. Na parte da tarde, das 14h às 18h, serão desenvolvidas as oficinas de capacitação de agentes e gestores culturais, e apresentados temas relacionados às políticas do MinC.

A programação do dia seguinte (5 de novembro) será voltada para os debates sobre as diretrizes do Plano Nacional de Cultura pelos cinco Grupos de Trabalho, que vão se reunir das 9h às 18h. Os temas dos GTs correspondem às cinco estratégias gerais do caderno de propostas de diretrizes para o PNC:

Baixe o PLANO NACIONAL DE CULTURA

Fonte: www.cultura.gov.br